Arrecadação maior que despesa deve se normalizar a partir de maio
A Câmara de Vereadores de Praia Grande realizou nesta segunda-feira (30), audiência pública, presidida pelo vereador Antonio Carlos Rezende (PSDB), com a demonstração do cumprimento das metas fiscais do primeiro quadrimestre (de janeiro a abril) do exercício de 2011. Os dados foram apresentados pela equipe da Subsecretaria de Planejamento e Execução Orçamentária. O encontro ocorre em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os dados mostram um resultado primário maior que o esperado para o período. O previsto para o quadrimestre era de superávit de R$ 32.427.415,47, enquanto o resultado foi de R$ 91.125.558,33. “O primeiro quadrimestre é um pouco diferenciado. A impressão é de que temos uma receita grande para despesas pequenas, mas boa parte do orçamento já está empenhada. Isso deve normalizar em maio, inclusive com o aumento de salários dos servidores públicos, o que nos onera bastante”, explicou a subsecretária de Planejamento e Execução Orçamentária, Regina Fermino.
A subsecretária aponta outros fatores responsáveis pelo superávit no período, como aumento nas transferências intergovernamentais, como repasse do Fundo Nacional de Educação Básica (Fundeb), e arrecadação de tributos municipais. “No começo do ano recebemos cota única de tributos, como o IPTU, IPVA e ISS, o que faz nossa arrecadação aumentar. Porém, com o passar dos meses, a tendência é equilibrar”, ressalta.
Foram ainda apresentados dados específicos das receitas e despesas próprias com Saúde, Ensino e Pessoal, considerados os três pilares de receitas e despesas da Administração.
Assim como o quadro geral, a área de Saúde apresentou arrecadação maior que despesa. Durante o período foram aplicados 13,52% do orçamento voltado a esta área, o que ainda está abaixo do mínimo constitucional, que é de 15%. Porém, os técnicos ressaltam que até o final do ano, o investimento em Saúde deve chegar a 23%, como nos anos anteriores.
O mesmo ocorre com Ensino, onde foram aplicados 17,30% do orçamento destinado à área. O valor ainda está abaixo do mínimo constitucional que é de 25%. O repasse do Fundeb também aumentou e por isso, foram aplicados 53,71%, abaixo do mínimo que é de 60%, nas despesas vinculadas à valorização do Magistério, o Fundeb A, o que deve mudar a partir de maio, com o aumento dos servidores. No que condiz ao Fundeb B, foram aplicados 33,18%, quando o máximo é de 40%.
As despesas com pessoal foram apresentadas considerando período de maio de 2010 a abril de 2011. Do total do orçamento, R$ 629.011.812,12, foram aplicados 40,58%, quando o limite prudencial é de 48,60%. A previsão é de que no próximo quadrimestre seja apresentado número equivalente a 45%.
Participaram da audiência pública os vereadores: Antonio Carlos Rezende (PSDB), Esmeraldo Vicente dos Santos (PMDB), Euvaldo Reis dos Santos Menezes (PDT), Heitor Orlando Sanches Toschi (PSDB), Hugulino Ribeiro (PSB), Leandro Rodrigues Cruz (PMDB), Marco Antonio de Sousa (PMN) e Sérgio Luiz Schiano (PSB).